domingo, 25 de abril de 2010

Oração

BEM-AVENTURANÇAS

Buda

“Bem-aventurados aqueles que sabem e cuja sabedoria está isenta de enganos e superstições.

Bem-aventurados aqueles que transmitem o que sabem de forma amável, sincera e verdadeira.

Bem-aventurados aqueles cuja conduta é pacífica, honesta e pura.

Bem-aventurados aqueles que ganham a vida sem prejudicar ou por em perigo a vida de qualquer ser vivo.

Bem-aventurados os pacíficos, que se despem da má vontade, orgulho e jactância, e em seu lugar situam o amor, a piedade e a compaixão.

Bem-aventurados aqueles que dirigem seus melhores esforços no sentido da auto-educação e da auto-disciplina.

Bem-aventurados sem limites aqueles que, por estes meios, se encontram livres das limitações do egoísmo.

E, finalmente, bem-aventurados aqueles que desfrutam prazer na contemplação do que é profundo e realmente verdadeiro neste mundo e na nossa vida nele.”

Extraído do livro "Grandes Vidas, Grandes Obras"
Seleções do Reader's Digest, pág. 275

sábado, 24 de abril de 2010

O que significa a Igreja Ortodoxa?

Igrejas Cristãs Orientais



Igreja Ortodoxa

O termo "ortodoxa” que, em grego, significa doutrina reta, vem sendo utilizado para designar as igrejas cristãs do Oriente que se separaram da Igreja Católica Apostólica Romana em 1054, e preservam até nossos dias os ritos originais dos padres apostólicos e o Credo Niceno. A Igreja originalmente tinha 5 sedes, ou Patriarcados, em Antioquia, Constantinopla, Alexandria, Jerusalém e Roma, sendo que todos tinham direitos iguais e eram independentes administrativamente. O Patriarcado de Roma recebeu o titulo de “Primus inter pares”, por estar situado na capital do Império, assumindo a primazia sobre os outros Patriarcados; ainda assim, a maior autoridade da Igreja Cristã era o Concílio Ecumênico, que ainda hoje gere as Igrejas Ortodoxas, mas teve sua autoridade negada pela Igreja Católica romana em 1054. Os ortodoxos, por sua vez, não reconhecem a primazia nem a infalibilidade do Papa.

Uma parte das Igrejas Ortodoxas, que voltou a se unir à Igreja Católica Romana constitui hoje as Igrejas Católicas de Rito Oriental.

A Igreja Ortodoxa chegou ao Brasil trazida por imigrantes Árabes, sendo que a primeira Igreja foi construída em São Paulo, em 1904.
A grande Catedral Ortodoxa de São Paulo foi inaugurada em 1954, durante as comemorações do IV centenário da cidade.

Ritos das igrejas orientais

Os ritos da Igreja Ortodoxa são sempre solenes e constituem o centro da expressão de sua fé. Não são usados instrumentos musicais, apenas o canto coral; na ornamentação são proibidas imagens esculpidas, mas veneram-se os ícones que representam santos, Jesus e Maria. Como as diferentes igrejas e patriarcados têm autonomia, desenvolveram-se diferentes liturgias, que correspondem mais a diferenças lingüísticas e a tradições locais do que a um conteúdo doutrinário diferente. Os cinco ritos principais são o bizantino (adotado pela maioria dos ortodoxos), o alexandrino, o antioquino, o armênio e o caldeu. O monasticismo é a raiz da vitalidade da fé ortodoxa, sendo que o principal mosteiro se encontra no Monte Athos, na Grécia.

Doutrina

As principais diferenças entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica residem na concepção da Igreja em si, visto que a Igreja Ortodoxa reconhece que todos os Bispos são iguais, continuadores do trabalho dos apóstolos, e a totalidade da Igreja está em cada comunidade onde se celebre a Eucaristia.

Desta forma, não há diferença entre Bispo, Arcebispo, Metropolita e Patriarca; apenas os mais velhos e sábios assumem cargos onde possam prestar melhores serviços aos outros, sem conotação de castas.

Suas doutrinas apóiam-se nos livros do Novo Testamento, nos decretos dos sete primeiros concílios ecumênicos e nas obras patrísticas.

Diversamente da doutrina católica, o Espírito Santo procede do Pai, mas não do Filho. Negam a doutrina do purgatório e o dogma da Imaculada Conceição de Maria, mas aceitam a assunção da Virgem Maria, com base na afirmação formal dos livros litúrgicos. Outra distinção significativa é que, na Igreja Ortodoxa, só os bispos devem manter-se celibatários; os padres podem se casar, desde que o casamento ocorra antes da ordenação.

Outras diferenças

O Sacramento da Santa Unção pode ser administrado aos fiéis em caso de enfermidades, e não só no momento de risco de vida, como praticado pela Igreja Romana.

Em casos excepcionais, ou por graves razões, a Igreja Ortodoxa acolhe a solução do divórcio.

Na Igreja Ortodoxa, só se permitem ícones nos templos.

O batismo é por imersão

A data da Páscoa (Ressurreição) não coincide com a da Igreja Católica, e representa a maior festa da Igreja Ortodoxa.

Na comunhão, os fiéis recebem pão e vinho, enquanto que, na Igreja Romana recebem só o pão.

Na Igreja Ortodoxa, não existem as devoções ao Sagrado Coração de Jesus, Corpus Christi, Via Crucis, Rosário, Cristo-Rei, Imaculado Coração de Maria e outras comemorações análogas.

O processo da canonização de um santo é diferente na Igreja Ortodoxa; nele, a maior parte do povo atua no reconhecimento de seu estado de santidade.


Credo Niceno:
O Credo Niceno de fé a define como a "Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica": "Una" porque apenas pode haver uma só Igreja verdadeira, com um só chefe, que é Cristo. "Santa", porque a Igreja procura santificar e transformar seus membros através dos Sacramentos. "Católica", porque a Igreja é universal e tem membros em todas as partes do mundo. A palavra "Católica" provém da palavra grega "Katholikos", que significa mundial ou universal. "Apostólica" porque sua doutrina está estabelecida sobre os fundamentos colocados pelos Apóstolos, de quem essa Igreja recebeu seus ensinamentos e autoridade, sem ruptura ou mudança.




Ícone:
Dentro da tradição ortodoxa, a palavra ícone assumiu o significado de imagem sagrada. Assim, a palavra ícone assume a característica de ser uma representação artística e espiritual de uma pessoa sagrada ou de um evento, que traz conforto e elevação espiritual ao fiel ortodoxo, e relembra a presença divina. Verdadeiras orações, em forma de madeira pintada, diferem muito do conceito de arte sacra ocidental, pois evidencia a expressão espiritual, ao invés do corpo físico, verdadeiro elo de ligação entre o plano superior e a Terra.
Os ícones têm um lugar proeminente na religião ortodoxa; eles estão profundamente arraigados no evangelho, e foram apreciados e venerados por cristãos de todos os tempos.

A vocação

Cada um de nós somos chamados para fazer parte da Construção do Reino de Deus. Quero convidar a cada joven, que desejem fazer parte da vida Consagrada é só entrar em contato que comigo que iremos fazer o acompanhamento vocacional. Seja feliz fazendo que a sua vida tenha sentido e entrega aos demais, especialmente aos que mais sofrem. Frater Anezio Lopes.

Oração: poder de encontro...

Faça aqui o seu «PEDIDO DE ORAÇÃO»
à Comunidade Monástica São João, o Teólogo.
Escreva abaixo o(s) motivos(s)
ou intenção de seu pedido: pelas almas
dos que já adormeceram em Cristo;
para suplicar a sabedoria;
a cura de enfermidades;
a reconciliação familiar, conjugal;
a conversão; a cura de depressão;
a libertação dos vícios;
em ação de graças (agradecimento) etc.

Os Pedidos recebidos durante a semana
serão levados ao Altar da Proskomídia
(preparação dos Santos Dons)
no domingo seguinte e, neste ofício
que precede à Divina Liturgia, o sacerdote
irá interceder a Deus «por todos e por tudo».


















O que é a Igreja Ortodoxa

S. Santidade BARTOLOMEU I
Arcebispo de Constantinopla - Nova Roma
Patriarca Ecumênico

SEDE PATRIARCAL:

Rum Patrikhanesi (El Fanar-Halic)
TR-34220 Istambul, Turquia
Tel: +90-212-531-9670 - Fax: +90-212-534-9037

Site Oficial: http://www.ec-patr.org/
http://www.patriarchate.org

A Grande Igreja de Constantinopla

rincipal centro eclesiástico da Igreja Ortodoxa em todo o mundo, o Patriarcado Ecumênico tem seu fundamento histórico no Pentecostes e nas primeiras comunidades cristãs fundadas pelos santos Apóstolos.

Conforme a Tradição, Santo André, “o Primeiro-Chamado“, anunciou o Evangelho nas vastas regiões da Ásia Menor, do Mar-Negro, da Trácia e da Acáia onde foi martirizado. No ano 36 d.C fundou a Igreja Local em Bizâncio, às margens do Bósforo, mais tarde, Constantinopla - cidade de Constantino (atual Istambul, na Turquia). Santo André, o santo Patrono do Patriarcado Ecumênico, é comemorado no dia 30 de Novembro no calendário eclesiástico.

O título de Patriarca Ecumênico data do 6º século d.C, sendo um privilégio histórico exclusivo do Arcebispo de Constantinopla, ultrapassando as fronteiras estatais e étnicas. O Patriarca Ecumênico é o Líder espiritual de aproximadamente 300 milhões de cristãos ortodoxos em todo o mundo.

O Patriarcado Ecumênico

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O Patriarcado Ecumênico tem sua sede em Constantinopla, atual Istambul, na Turquia. É também denominado “Igreja de Constantinopla”, ou “Santa Grande Igreja de Cristo”. Os teólogos não ortodoxos e os estudiosos usam habitualmente a expressão convencional de “Igreja do PHANAR”.

Esta Igreja nasceu da pregação do apóstolo Santo André e, por isso, é uma sede apostólica. A partir de sua fundação, o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla assumiu o papel de guia espiritual, de promoção civilizadora e de influência mundial. Por vários séculos, povos e nações tiveram a positiva influência do Patriarcado Ecumênico e, graças à feliz ação evangelizadora e missionária irradiada desde este Centro, “ressuscitaram em Cristo”. Assim se formaram diversas Arquidioceses Ortodoxas que, sob a fúlgida guia espiritual e proteção da sede constantinopolitana, defenderam a fé cristã das várias heresias que a ameaçavam.

O Patriarcado Ecumênico é um dos cinco antigos Patriarcados da Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja. No primeiro milênio a Igreja, como é conhecido, era constituída pelos Patriarcados de Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém. Após o cisma de 1054 a Igreja indivisa do primeiro milênio se dividiu na Igreja Ocidental (o Patriarcado de Roma) e na Igreja Oriental (os outros Patriarcados do Oriente). No seio destes últimos o Patriarcado de Constantinopla assumiu o primeiro lugar como juiz plenipotenciário na eventualidade de disputas de qualquer espécie entre os outros Patriarcas.

A proeminência do Patriarca de Constantinopla já é atestada no século VII quando passou a receber o título de “Ecumênico”. Tal expressão indica o seu primeiro posto – primus inter pares – quer pelo poder assumido, quer pelo esplendor espiritual entre todos os Patriarcas do Oriente.

Compete ao Patriarca de Constantinopla:

  • Convocar Sínodos, Pan-ortodoxos, ou Locais;
  • Exortar os Metropolitas e vigiar sua atuação;
  • Julgar e decidir em mérito a instâncias, recursos etc., da parte dos Metropolitas;
  • O direito do “Stavropighion”, isto é, o direito de pôr sob seu controle direto os mosteiros e as igrejas dos bispos sob sua jurisdição.

Após a queda do Império Otomano o Patriarcado Ecumênico foi reconhecido como “Instituição Pan-ortodoxa”. Durante a Conferência Pan-ortodoxa de 1961, na ilha paulina de Rodes, o Patriarcado Ecumênico, por unanimidade, foi reconhecido como representante espiritual da Ortodoxia. Sob a guia do Patriarca Ecumênico Atenágoras I, o Patriarcado Ecumênico distinguiu-se particularmente, elevando-se a um plano de notável prestígio. Recentemente, com a guia do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, atingiu um alto nível de honra e respeitabilidade.

Atualmente, seguindo a indicação de seu predecessor o Patriarca Dimítrios I, de santa memória, o Patriarca Bartolomeu I continua o sereno “caminho de amor, de paz e de unidade”, visitando os antiqüíssimos patriarcados do Oriente Ortodoxo e se encontrando com povos e autoridades religiosas e políticas. A todos dirige sua afetuosa mensagem de paz e de unidade.

Através destes discursos iluminados pela Fé e de Esperança, o Patriarca Ecumênico se faz próximo dos povos que sofrem, demonstrando seriedade, dignidade e sabedoria em sua missão e sua feliz atividade em seu favor. Desta maneira, suas intervenções testificam sua colaboração pela consolidação da paz no mundo, pelo cessar da guerra, pelo respeito ao homem e a sua liberdade, pois o homem, sendo criado por Deus, é a sua imagem e semelhança e tem direito a uma vida digna e a uma verdadeira prosperidade.

Síntese Histórica:

  • Fundou a Igreja de Constantinopla o Apóstolo André, o Primeiro-Chamado.
  • Transferiu-se a capital do Império Romano, da cidade de Roma para Constantinopla, "Nova Roma" após assentamento de seus alicerces, em 328 A.D. e a respectiva inauguração em 537.
  • Colocou a pedra fundamental da Igreja "Hagia ," em 532, no reinado de Justiniano, o Grande e fora inaugurada em 537.
  • O dissídio dos Armênios, da Igreja de Constantinopla, verificou-se em 554.
  • O Sínodo Ecumênico (II), conferiu ao Bispo de Constantinopla a primazia de honra, depois do Bispo de Roma e o Título de Patriarca, porém o IV Sínodo Ecumênico concedeu-lhe as mesmas honras e primazia dos quais tem direito o próprio Bispo de Roma e em 587 foi-lhe conferido o Título de Ecumênico, na era do Patriarca João o Mnisteftis.
  • A Igreja de Constantinopla admitiu na Cristandade as congregações sérvias, croatas, búlgaras e russas, auxiliando ainda as traduções do Santo Evangelho para as línguas: Gotha, Armênia, Cassuinia e Eslava, graças aos esforços de seus missionários e pregadores, como aos batalhadores Cirilo e Metódio.
  • Com a guerra dos iconoclastas (imagens) no ano de 723, na época de Leão o Isavro e terminou em 842 na era do rei Mikhail e sua mãe Teodora.
  • Os cruzados conquistaram Constantinopla em 1204 e foram expulsos em 1261;
  • O Cisma entre as Igrejas Oriental Ortodoxa e Ocidental Romana verificou-se em 1054, na era do Patriarca Ecumênico Mikhail Cyrolario e do Papa Leão IX.
  • A queda de Constantinopla nas mãos do Sultão Muhámad, o Conquistador, verificou-se em 1453.
  • Estabeleceu-se definitivamente em Fanar de Constantinopla o Patriarcado Ecumênico, em 1600.
  • A Academia de Teologia de Halki fora construída em 1844.
  • O governo turco aboliu a indumentária clerical em 1935.